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quinta-feira, 30 de julho de 2015

Sobrevivente da Kiss morre por problema pulmonar, diz associação Óbito teria ocorrido há cerca de 45 dias, segundo informação da AVTSM. Dirigente da entidade diz que caso serve de alerta para sobreviventes.

Um sobrevivente do incêndio na boate Kiss, ocorrido na madrugada de 27 de janeiro de 2013 em Santa Maria, na Região Central do Rio Grande do Sul, morreu devido a problemas pulmonares, conforme informou nesta quarta-feira (29) a Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM). Segundo o dirigente da entidade Flávio Silva, pai de uma das vítimas da tragédia, o jovem será a vítima de número 243 conforme a contagem da associação.
Silva afirmou ter ficado sabendo da morte do jovem de 27 anos pela mãe, que procurou a AVTSM. Ele não sabe ao certo a data, mas acredita que ele tenha morrido há cerca de 45 dias.
"Ele esteve junto na noite da tragédia, e ajudou ainda a fazer a retirada de alguns jovens lá de dentro. Este menino deu entrada no Hospital Universitário. Conversei com a mãe dele há uns 10 dias. Ela estava bastante nervosa, pois ele já tinha outra doença, então, em questão da fumaça, agravou o problema de saúde dele, fazendo com que o pulmão parasse de funcionar", disse Silva.
O integrante da associação afirma que a morte do jovem deve servir de alerta aos sobreviventes, para que busquem atendimento médico. "Estamos pensando em fazer uma campanha de alerta para conscientizar sobreviventes e familiares em razão da importância da continuidade do tratamento dos sobreviventes, principalmente se inalaram a fumaça toxica. Esta época é perigosa, pois é quando os problemas respiratórios se apresentam com mais força", afirmou.
O G1 tentou contato com a Secretaria Estadual de Saúde, mas não obteve retorno.
Entenda
O incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, ocorreu na madrugada do dia 27 de janeiro de 2013. A tragédia matou 242 pessoas, sendo a maioria por asfixia, e deixou mais de 630 feridos. O fogo teve início durante uma apresentação da banda Gurizada Fandangueira e se espalhou rapidamente pela casa noturna, localizada na Rua dos Andradas, 1.925.

O local tinha capacidade para 691 pessoas, mas a suspeita é que mais de 800 estivessem no interior do estabelecimento. Os principais fatores que contribuíram para a tragédia, segundo a polícia, foram: o material empregado para isolamento acústico (espuma irregular), uso de sinalizador em ambiente fechado, saída única, indício de superlotação, falhas no extintor e exaustão de ar inadequada.
Ainda estão em andamento os processos criminais contra oito réus, sendo quatro por homicídio doloso (quando há intenção de matar) e tentativa de homicídio, e os outros quatro por falso testemunho e fraude processual. Os trabalhos estão sendo conduzidos pelo juiz Ulysses Fonseca Louzada. Sete bombeiros também estão respondendo pelo incêndio na Justiça Militar. O número inicial era oito, mas um deles fez acordo e deixou de ser réu.
Entre as pessoas que respondem por homicídio doloso, na modalidade de "dolo eventual", estão os sócios da boate Kiss, Elissandro Spohr (Kiko) e Mauro Hoffmann, além de dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira, o vocalista Marcelo de Jesus dos Santos e o funcionário Luciano Bonilha Leão. Os quatro chegaram a ser presos nos dias seguintes ao incêndio, mas a Justiça concedeu liberdade provisória a eles em maio de 2013.
Atualmente, o processo criminal ainda está em fase de instrução. Após ouvir mais de 100 pessoas arroladas como vítimas, a Justiça está em fase de recolher depoimentos das testemunhas. As testemunhas de acusação já foram ouvidas e agora são ouvidas as testemunhas de defesa. Os réus serão os últimos a falar. Quando essa fase for finalizada, Louzada deverá fazer a pronúncia, que é considerada uma etapa intermediária do processo.
No dia 5 de dezembro de 2014, o Ministério Público (MP) denunciou 43 pessoas por crimes como falsidade ideológica, fraude processual e falso testemunho. Essas  denúncias tiveram como base o inquérito policial que investigou a falsificação de assinaturas e outros documentos para permitir a abertura da boate junto à prefeitura.

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